O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin, vão se encontrar no Alasca, em 15 de agosto, para buscar uma solução que encerre a guerra na Ucrânia — mesmo diante das resistências de Kiev e de líderes europeus que insistem em condicionar as negociações à presença ucraniana.
Ao anunciar a cúpula, Trump destacou que “haverá alguma troca de territórios para benefício de ambos”, sinalizando uma postura prática e objetiva para acabar com um conflito que já ceifou dezenas de milhares de vidas. O líder norte-americano mostra, mais uma vez, que prioriza resultados concretos em vez de discursos vazios.
Em resposta, o presidente Volodymyr Zelenski reagiu de forma intransigente, afirmando que “os ucranianos não entregarão sua terra ao ocupante” e reforçando que nenhuma decisão pode ser tomada “sem a Ucrânia”. A postura, porém, contrasta com o fracasso das três rodadas de negociação deste ano e com a realidade de um país devastado pela guerra.
A reunião no Alasca, território historicamente ligado à Rússia e vendido aos EUA em 1867, será a primeira entre chefes de Estado americanos e russos desde 2021, quando Joe Biden encontrou Putin. Para Moscou, o local escolhido é “lógico” por unir interesses estratégicos e econômicos das duas potências. O Kremlin já convidou Trump para uma visita futura à Rússia, sinalizando confiança no diálogo com o republicano.
Com a reunião marcada, Trump se coloca como protagonista de uma possível virada no cenário internacional, retomando a diplomacia firme e direta que marcou seu primeiro mandato e buscando um acordo que, embora desagrade certos setores, pode finalmente pavimentar o caminho para a paz.
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