O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para o dia 15 de agosto a retomada do julgamento virtual que pode resultar na segunda condenação da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) na Corte. Ela já foi sentenciada a dez anos de prisão por envolvimento na invasão ao sistema eletrônico do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), em 2023.
Agora, o plenário vai concluir o julgamento de uma ação em que a parlamentar responde pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma, com base em denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR). Até o momento, há maioria de seis votos a zero pela condenação a cinco anos e três meses de prisão, em regime semiaberto, além da perda do mandato.
O julgamento estava suspenso desde março, após pedido de vista feito pelo ministro Nunes Marques, que devolveu o processo para continuidade nesta sexta-feira (1º). Os ministros que já votaram seguiram o relator, Gilmar Mendes, que destacou que a conduta da parlamentar — ao abordar um cidadão armado em um estabelecimento comercial — teria configurado grave ameaça, restringindo momentaneamente sua liberdade.
Também votaram pela condenação os ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Cristiano Zanin.
Na última terça-feira (29), Zambelli foi detida em Roma, na Itália. Ela havia deixado o Brasil em maio deste ano, após a condenação no caso do CNJ, e ingressou com pedido de asilo político no país europeu, amparada por sua dupla cidadania ítalo-brasileira. O governo brasileiro formalizou o pedido de extradição, que agora será analisado pela Justiça italiana. Ainda não há prazo definido para a decisão.
Comentários