Integrantes da Procuradoria-Geral da República (PGR) se surpreenderam com o fato de o senador norte-americano Shane David Jett (Republicanos), aliado de Donald Trump, acionar o gabinete do procurador-geral, Paulo Gonet.
A PGR não esperava entrar no foco dos Estados Unidos, que tem direcionado sua munição ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e ao governo Lula.
Em carta enviada a Gonet, Shane David Jett solicitou “esclarecimentos sobre medidas adotadas pelo MPF/PGR para combater ilegalidades noticiadas na imprensa brasileira e internacional diante da possibilidade de sanções americanas”.
O documento foi endereçado ao PGR em fevereiro e voltou a ganhar relevância esta semana após Trump elevar o tom contra o Judiciário brasileiro e anunciar uma ofensiva comercial ao Brasil.
Como mostrou a coluna, Gonet e delegados da Polícia Federal também entraram na mira de sanções dos Estados Unidos sob o argumento de que dariam “sustentação” a supostas ações ilegais de Moraes.
Inicialmente, a Casa Branca planejava sancionar apenas o magistrado do STF, de modo a analisar quais autoridades continuariam apoiando o ministro. Após o novo movimento de Trump, de iniciar um tarifaço, auxiliares do presidente norte-americano dizem não se surpreender caso o escopo das sanções seja ampliado já em um primeiro momento.
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