Na terça-feira 27, os laboratórios farmacêuticos Pfizer e BioNtech encaminharam à Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos EUA, uma solicitação para distribuir e aplicar a terceira dose da vacina contra a covid-19 em crianças norte-americanas de 5 a 11 anos.
Segundo as empresas, a dose seria de 10 microgramas, menor do que a aplicada em adolescentes e adultos, composta de 30 microgramas do imunizante. A Pfizer e BioNtech argumentaram que a aplicação de uma terceira dose nessa faixa etária pode aumentar em até 36 vezes os anticorpos contra a variante Ômicron.
As farmacêuticas também realizaram testes em 140 crianças sem infecção prévia por covid-19, com o objetivo de comprovar a eficácia da dose de reforço. De acordo com o resultado da pesquisa, os níveis de anticorpos foram seis vezes maiores um mês após a primeira dose do que um mês após a segunda dose.
Já a Universidade Estadual de Nova Iorque afirmou que a vacina da Pfizer reduz apenas 12% dos casos de infecção pelo coronavírus em crianças de 5 a 11 anos, segundo um estudo publicado que analisou os casos de covid-19 entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022 (período de surgimento da variante Ômicron).
“A descoberta de uma efetividade marcantemente menor em crianças de 11 anos, se comparadas com outras de 12 e 13 anos, a despeito de sua fisiologia similar, sugere que a dose mais baixa pode explicar a menor efetividade na faixa etária entre 5 e 11 anos”, informa trecho da pesquisa, que foi publicada no início do mês.
As empresas esperam enviar dados desses testes focados em crianças menores de cinco anos nos próximos meses. Essa faixa etária é a única para a qual uma vacina Covid-19 não foi autorizada nos EUA.
A Pfizer e a BioNTech disseram que planejam enviar esses dados à Agência Europeia de Medicamentos e outras agências reguladoras para autorização nas próximas semanas.
Uma série inicial de duas doses da vacina Pfizer Covid-19 foi autorizada nos EUA para crianças de cinco a 11 anos em outubro.
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