O embaixador de Israel nas Nações Unidas, Danny Danon, afirmou nesta tarde, em Nova York, que o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deveria ser agraciado com o Prêmio Nobel da Paz, em razão de seu papel em viabilizar um cessar-fogo entre Israel e o Irã.
“Trump merece esse reconhecimento”, declarou Danon pouco antes de uma sessão do Conselho de Segurança da ONU. Segundo o diplomata, a ofensiva liderada por Washington e apoiada por Tel Aviv contra alvos iranianos foi uma resposta necessária diante do que considerou uma “ameaça iminente”. “Quando a diplomacia falha, a única alternativa é agir. E foi isso que Trump fez”, argumentou.

A proposta de premiar Trump partiu inicialmente de setores mais conservadores do Partido Republicano, mas rapidamente se tornou alvo de escárnio por parte de líderes democratas e diplomatas de outras nações.
O estopim da tensão ocorreu no último domingo, quando os Estados Unidos realizaram ataques a instalações nucleares no território iraniano. A ação militar provocou uma reunião emergencial do Conselho de Segurança, que, majoritariamente, condenou a investida americana.
Danon foi enfático em suas críticas ao atual governo israelense, acusando o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de comprometer a estabilidade regional. “Netanyahu agiu como um criminoso e arrastou os EUA para um novo conflito. Washington colocou sua própria segurança em risco para atender aos interesses de Netanyahu”, afirmou. Para ele, os dois governos “abandonaram o caminho diplomático e venderam à comunidade internacional uma ilusão de paz”.
Uma das reações mais duras veio do embaixador russo na ONU, Vasily Nebenzya, que acusou os Estados Unidos de tomarem uma atitude “imprudente” e advertiu que Trump estaria “brincando com a segurança global”.
Nebenzya reforçou o apelo por um cessar-fogo imediato por parte de Israel e dos EUA, e acusou Washington de ignorar violações em Gaza por conveniência política. “A política externa americana está pondo em risco a humanidade para proteger aliados questionáveis”, argumentou o diplomata russo.
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