O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) anunciou recentemente que após as mobilizações de artistas e campanhas direcionadas ao tema, o número de jovens com a idade de 15 a 17 anos com título de eleitor subiu de 199.667 em fevereiro, para 290.783, em março. Um aumento de 45%.
Recentemente, celebridades como Anitta, Pablo Vittar, Luisa Sonza, entre outros, além de plataformas de música como o Spotify e até mesmo partidos políticos, têm tentado convencer esse jovem eleitorado a estarem aptos para votar esse ano a fim de “mudar o Brasil” trocando de presidente.
Mesmo com o aumento recente de jovens aptos à votar nesta eleição, o Brasil registra o menor número de adolescentes eleitores desde março de 2004. Proporcionalmente, 37,09% dos jovens da época estavam regularizados para votar, hoje o número gira em torno de 18%.
O TSE afirmau que eleições municipais costumam atrair mais o interesse dos jovens, por ser local e há uma proximidade maior dos eleitores com os candidatos. Além disso, a pandemia fez com que diversas campanhas para mobilização e participação política, que seriam feitas em escolas, tiveram de ser adiadas ou até canceladas.
Apesar da baixa histórica, o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) fez uma enquete que revelou a crença dos jovens no processo eleitoral: 9 em cada 10 afirmaram que o voto tem poder para transformar a realidade. 64% – número bem maior do que os 17% com título de eleitor – disseram que votariam nas eleições deste ano, outros 21% estão na dúvida.
Entre aqueles 15% que disseram que não votariam, nem todos o fariam por não desejarem participar da escolha dos representantes. 17% não conseguirão tirar o título a tempo e outros 69% não terão idade suficiente.
No Brasil, jovens a partir de 16 anos podem votar, apesar de não serem obrigados. O voto é obrigatório a partir dos 18 anos.
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