O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) relatou que, em muitos momentos, quando ainda estava à frente da condução do país, se fechava na sala da Presidência e chorava. A declaração do político aconteceu ao comentar sobre o retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos.
“Várias vezes eu, como presidente, olhava o pessoal que estava na antessala; ninguém entrava. Eu chorei dentro da Presidência. E você passa por momentos em que sabe o que tem que fazer, mas não tem o devido apoio, o devido entendimento”, disse Bolsonaro em uma entrevista ao canal de direita AuriVerde Brasil, no Youtube, que foi ao ar nesta segunda-feira (20/1).
“Por vezes, o pessoal acha que, por ser presidente, você é o dono do Brasil. Não é assim. Você pode ver quando se fala em aparelhamento das instituições, dos ministérios”, completou o ex-presidente.
Ministro Alexandre de Moraes manteve a retenção do passaporte de Jair Bolsonaro e negou a viagem dele à posse de Donald Trump.
Michelle Bolsonaro embarcou para os Estados Unidos para representar Bolsonaro na posse de Trump.
Jair Bolsonaro também comentou a respeito da negativa do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no que se refere a devolução do passaporte do político e do pedido de autorização para que ele acompanhasse a posse de Trump.
A decisão de Moraes aconteceu depois que a Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou um parecer ao STF contrário ao pedido de Jair Bolsonaro.
Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro embarcou no sábado (18/1) para acompanhar a posse de Trump e representar o marido. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também está nos Estados Unidos para representar o pai.
Abalado, Bolsonaro se despediu de Michelle no aeroporto de Brasília. ”Logicamente, queria estar do lado dela. Por isso, a gente chora. Por que não chora? Ou eu sou uma máquina? Eu tenho as minhas fraquezas. Está certo? Queria estar com ela. Infelizmente, não pude estar presente. Ela foi para lá”, destacou Jair Bolsonaro.
O passaporte de Jair Bolsonaro foi apreendido pela Polícia Federal (PF) em fevereiro do ano passado na sede do PL, em Brasília. A apreensão do documento aconteceu em uma operação da corporação que investiga uma tentativa de golpe de Estado para manutenção de Bolsonaro no poder.
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