O ex-presidente Lula disse estar preocupado com a possibilidade de um atentado contra ele em contexto de campanha política para as eleições presidenciais deste ano. No entanto, em entrevista à Rádio Espinharas, da Paraíba, Lula afirmou que fará ações de rua.
“Vou fazer a campanha que eu sei fazer, vou fazer campanha de rua, conversar com as pessoas, vender as propostas para o país”, afirmou Lula. “Não vou fazer o baixo nível do Bolsonaro, não vou fazer fábrica de fake news. Que ele faça o jogo rasteiro que ele quiser.”
Durante a entrevista, Lula admitiu a preocupação ao responder um comentário do ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa. “O Brasil de hoje é muito mais violento que o de 4, 8 anos atrás”, disse Barbosa.
Na fala, o ex-ministro aconselhava tanto Lula quanto Sergio Moro a tomarem cuidado porque correriam risco de vida, em referência a uma explosão de uma fábrica de fluídos de diesel durante uma visita de Moro em 4 de março em Maringá.
Ainda na entrevista, Lula relacionou o atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), a milicianos e o acusou de jogar sujo. “É um presidente que não gosta de sindicatos, mulheres, quilombolas, negros e estudantes. Ele só gosta de violência, o negócio dele é a relação apodrecida com uma parte dos milicianos desse país”.
Apesar da preocupação com algum tipo de atentado, Lula diz que é “necessário superar o medo para vencer o adversário político”. “Sou uma pessoa de muita fé e de muita crença, acho que o que vai acontecer é que o povo brasileiro vai reestabelecer a democracia. Vai ser a morte política de Bolsonaro pelas mãos dos eleitores”, decalcou.
Mês passado, Lula se mudou de São Bernardo, cidade do ABC paulista, para São Paulo após sofrer pressão de amigos, de sua assessoria e de lideranças do partido que, preocupados com a sua segurança, tentavam convencê-lo a morar em um local mais protegido.
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