Um homem de 22 anos, conhecido como “Maníaco de Marituba”, foi preso em Bady Bassitt, no interior de São Paulo. O criminoso estuprou duas mulheres em São José do Rio Preto (SP). O criminoso já foi apreendido quando era adolescente, sendo condenado a dois anos e sete meses de detenção por latrocínio, estupro e ocultação de cadáver em 2020. Na época, conforme Ceron, ele fez ao menos dez vítimas.
Após cumprir a pena na Fundação Casa, o suspeito se mudou para Rio Preto e passou a trabalhar em Bady Bassit, onde começou a cometer novos crimes.
A delegada do caso em SP informou que uma das vítimas, de 21 anos, conversou com o homem em um site de relacionamentos, onde marcaram de se conhecer. Inicialmente, o encontro foi marcado em Rio Preto e em seguida ambos foram para uma propriedade rural, que o suspeito afirmou ser de um parente.
A mulher relatou que aceitou o convite. No caminho, contudo, o suspeito, armado, obrigou que a jovem descesse da motocicleta e cometeu o abuso sexual em um matagal. Além de ser estuprada, a vítima foi ameaçada com uma arma. O criminoso também roubou o celular dela.
Após a primeira denúncia, uma segunda vítima também denunciou o homem. Além do estupro, ele também teria roubado dinheiro dela.
Relembre o caso no Pará
A denominação de “Maníaco de Marituba” foi atribuída ao criminoso em 2020, quando, então com 17 anos, ele foi apreendido sob acusação de ter estuprado e matado pelo duas mulheres, além de cometer uma série de estupros na Região Metropolitana de Belém. Os crimes foram conduzidos de maneira calculada: o suspeito usava perfis falsos nas redes sociais, frequentemente se apresentando com um nome feminino, para atrair mulheres que ofereciam serviços de estética domiciliar.
A primeira vítima foi Samara Duarte Mescouto, que desapareceu após aceitar um serviço com o suspeito, em janeiro de 2020. Seu corpo foi encontrado em um terreno abandonado, após dias de buscas. Jennyfer Karem da Silva Monteiro, de 20 anos, foi a segunda vítima com morte confirmada. A jovem, que foi atraída pelo criminoso da mesma forma que Samara, chegou a ficar internada por 12 dias em estado de coma no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, em Ananindeua, após ter sido estuprada e espancada.
Em pelo menos um dos crimes, ele contou com a ajuda de Jederson Menezes Alves, que na época tinha 20 e foi condenado a 30 anos, 9 meses e 5 dias de reclusão em regime fechado. O adolescente infrator pagou pena socioeducativa de dois anos e se mudou para São Paulo.
A Polícia Civil do Pará relatou à época que pelo menos outras quatro mulheres foram abusadas sob circunstâncias semelhantes. Com o uso de um perfil falso, o Maníaco de Marituba combinava os encontros em locais públicos e, posteriormente, conduzia as vítimas para áreas isoladas. Um dos pontos mais frequentes de encontro era próximo a um posto de gasolina na rodovia BR-316. Ele se aproximava das vítimas com o pretexto de que era marido da cliente que as havia contratado e que teria sido enviado para apanhá-las, usando desse artifício para convencê-las a o acompanharem e, sob ameaça, levá-las até áreas afastadas, geralmente de mata, onde os abusos ocorriam.
A apreensão do criminoso em 2020 resultou em sua transferência para a Fundação Casa, onde cumpriu pena de dois anos e sete meses. Após a liberação, ele deixou o Pará e se estabeleceu em São José do Rio Preto, trabalhando como pedreiro em Bady Bassitt. No entanto, a reincidência nos mesmos crimes fez ressurgir o histórico que ele havia deixado para trás. As autoridades paulistas seguem investigando o caso, considerando a possibilidade de que outras vítimas possam surgir.
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