O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, intensificou a pressão sobre os Estados Unidos neste domingo (23) ao defender sua decisão de tornar público o atraso americano no envio de armas para a guerra contra o Hamas.
O que aconteceu
Na terça-feira (18), Netanyahu reclamou que os EUA estavam “retendo armas”. Ele voltou a abordar o tema no início de uma reunião de gabinete, neste domingo, afirmando que divulgou o atraso no envio de armamentos porque as negociações secretas não estavam avançando.
Segundo o premiê, a queixa foi feita “após meses sem mudanças na situação”. “Decidi torná-la pública. Fiz isso com base em anos de experiência, sabendo que esse passo é essencial para desbloquear o impasse”, afirmou.
Na terça-feira, sua reclamação foi publicada em um vídeo no X. Na ocasião, ele mencionou que o secretário de Estado Antony Blinken “garantiu que a administração está trabalhando dia e noite para resolver esses entraves”.
“Há cerca de quatro meses, houve uma queda dramática no fornecimento de armamentos dos EUA para Israel. Durante semanas, pedimos aos nossos amigos americanos que acelerassem os envios. Fizemos isso repetidamente”, disse Netanyahu neste domingo.
“Fizemos isso nos níveis mais altos e em todos os níveis, e quero enfatizar: fizemos isso em reuniões privadas. Recebemos todo tipo de explicação, mas uma coisa não conseguimos: a situação básica não mudou”, afirmou Netanyahu.
EUA dizem que informação é falsa
Os EUA responderam após a declaração de terça-feira. O enviado americano, Amos Hochstein, afirmou que os comentários de Netanyahu eram “improdutivos” e, mais importante, “completamente falsos”.
Os EUA já pediram o fim da guerra e criticam o aumento de vítimas civis na Faixa de Gaza. A pressão israelense se deve ao aumento das tensões com o Hezbollah, grupo libanês inimigo de Israel.
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