Segundo as autoridades belgas, cerca de 50 mil pessoas (algumas vindo até mesmo de outros países europeus) saíram às ruas para se manifestar contra as medidas sanitárias impostas pelo governo nesse domingo (22). Bandeiras da Holanda, Polônia e Romênia foram exibidas durante o ato. Foi a maior protesto dos últimos meses.
O clima da manifestação esquentou quando os protestantes chegaram próximo à sede da União Europeia. Segundo uma rádio local, várias pessoas com os rostos cobertos quebraram os vidros da sede do Serviço Europeu para a Ação Externa (EEAS, na sigla anglófona).
A polícia tentou afastar os manifestantes com jatos d’água e bombas de gás lacrimogêneo. O cortejo revidou atirando pedras e foguetes contra os policiais.
Durante a manifestação contra o que a população chama de “Ditadura Sanitária”, muitos dos manifestantes seguravam cartazes contra o primeiro-ministro Alexander De Croo, e contra o passaporte sanitário, mecanismo adotado por boa parte dos países europeus.
Na última sexta-feira, De Croo anunciou que será necessário tomar doses de reforço a cada cinco meses para que os cidadãos possam ter acesso a locais como bares e cinemas
Entre os organizadores do evento estão os movimentos World Wide Demonstration for Freedom (Demonstração Mundial pela Liberdade) e Europeans United for Freedom (Europeus Unidos pela Liberdade) que militam contra as restrições anticovid.
Um vídeo que circula pela internet mostra o momento em que os policiais ficam encurralados na entrada de uma estação de metrô, tendo que se isolar da multidão que jogava sacos de lixos contra eles.
Em um espaço de dois meses, esse foi o quinto e maior protesto civil contra as medidas restritivas impostas por autoridades da Bélgica. Segundo a imprensa internacional, cerca de 70 pessoas foram presas e aproximadamente 15 ficaram feridas, sem gravidade.
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