Durante uma votação no Conselho de Segurança da ONU, os Estados Unidos bloquearam o reconhecimento do Estado Palestino como membro pleno da ONU na data de hoje (18).
Os representantes americanos argumentaram que a criação de um Estado Palestino independente deveria surgir através de negociações diretas entre Israel e a Autoridade Palestina, ao invés de ser decidida por meio de uma votação na ONU.
Esta etapa no Conselho de Segurança precede uma possível votação na Assembleia Geral, onde a medida provavelmente seria aprovada, já que cerca de 140 países reconhecem a Palestina como um Estado, ultrapassando a maioria necessária de dois terços.
Para uma resolução ser aprovada no Conselho de Segurança, são necessários pelo menos 9 votos dos 15 membros, sem nenhum veto de um dos cinco membros permanentes, que são China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos.
No dia 2 de abril, os representantes palestinos enviaram uma carta ao secretário-geral solicitando a admissão como membros da ONU, retomando um pedido anterior de 2011. O secretário-geral encaminhou o pedido ao Conselho de Segurança, que votou hoje. Os países que votaram a favor incluíram Eslovênia, Serra Leoa, Rússia, Coreia do Sul, Moçambique, Malta, Japão, Guiana, França, Equador, China e Argélia.
Além do veto dos Estados Unidos, dois países se abstiveram: Reino Unido e Suíça. A resolução vetada propunha a admissão do Estado da Palestina como membro da ONU.
Os palestinos têm status de observador nas Nações Unidas desde 2012 e têm buscado ativamente a adesão plena.
Israel expressou sua oposição à medida, citando o conflito com o grupo Hamas e o aumento das colônias na Cisjordânia como preocupações.
O ministro de Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, manifestou sua gratidão aos Estados Unidos por vetarem a proposta de reconhecimento do Estado palestino, argumentando que isso seria uma recompensa ao terrorismo.
Esta foi a segunda tentativa dos palestinos de se tornarem membros plenos da ONU. Na primeira tentativa, não conseguiram apoio suficiente no Conselho de Segurança.
Antes da votação de hoje, o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Vedant Patel, afirmou que “ações prematuras em Nova York, mesmo com as melhores intenções, não alcançarão a autonomia para o povo palestino”.
O vice-embaixador dos EUA na ONU, Robert Wood, destacou a importância de uma solução negociada entre israelenses e palestinos para o reconhecimento da Palestina como Estado membro da ONU.
O representante palestino, Ziad Abu Amr, expressou a esperança de que a resolução concederia ao povo palestino a oportunidade de viver em um Estado independente, lamentando a falta de progresso devido à intransigência do governo israelense.
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