A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (15), uma operação para o desmonte de um suposto esquema de fraudes e pagamentos de propinas para servidores públicos e, também, políticos.
O dinheiro é oriundo de favorecimento de licitação para obras no estádio Castelão, da capital do Ceará, Fortaleza. Os empreendimentos foram executados entre os anos de 2010 e 2013.
O presidenciável do PDT, Ciro Gomes e seu irmão, Cid Gomes (atual senador e ex-governador do estado) foram alvos de mandados de busca e apreensão em suas respectivas residências. Segundo a instituição Policial, há indícios de os irmãos estavam envolvidos em esquema de propinas de valores robustos, cerca de 11 milhões de reias.
De acordo com a PF, esse montante foi repassado de forma direta e, também, disfarçada de doações eleitorais, com notas fiscais falsas criadas por empresas fantasmas.
“As investigações tiveram início no ano de 2017, sendo identificados indícios de esquema criminoso envolvendo pagamentos de propinas para que uma empresa obtivesse êxito no processo licitatório da Arena Castelão e, posteriormente, na fase de execução contratual, recebesse valores devidos pelo Governo do Estado do Ceará ao longo da execução da obra de reforma, ampliação, adequação, operação e manutenção do Estádio Castelão. Apurou-se indícios de pagamentos de 11 milhões de reais em propinas diretamente em dinheiro ou disfarçadas de doações eleitorais, com emissões de notas fiscais fraudulentas por empresas fantasmas”, alega a polícia.
A Polícia Federal afirma que o esquema consistia em dar vitória (em licitações de obras do Castelão) para que, em contrapartida, a empresa Galvão Engenharia distribuísse entre os agentes públicos.
Ainda de acordo com a PF, os advogados Fernando Antônio Oliveira e José Leite Jucá, que, respectivamente, exerciam os cargos de procurador-geral do Estado e de presidente da comissão de licitações, na época, receberam as propinas para garantir que a Galvão vencesse a disputa.
Em suas redes sociais, Ciro Gomes negou o envolvimento no esquema e acusou o presidente Jair Bolsonaro de intervir na Polícia Federal. Pela rede social, Twitter, o político fez uma série de publicações alegando que a ação seja uma “carteirada” de Bolsonaro, aos moldes de uma “coerção” lavajatista.
Confira abaixo as declarações de Ciro (reproduzidas no Instagram) a respeito da operação:
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