Após abertura de uma sindicância, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) entendeu que Noemi da Silva Araújo, 29 anos, aprovada no concurso da Corte como candidata negra para o cargo analista judiciário, não fraudou o sistema de cotas do certame. A decisão, analisada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em julho, foi considerada legal.
O caso de Noemi repercutiu nas mídias sociais no início deste ano, após um escritor e influenciador digital negro criticar o ingresso da jovem pelo sistema de cota racial.
Um vídeo do influencer digital e ativista racial viralizou na internet após ele expor a candidata que passou no concurso pelo sistema de cotas raciais. Na publicação, Adalberto diz que Noemi da Silva Araújo é branca e ironiza que ela deve ter sofrido muito preconceito.
Em maio deste ano, a 1ª Vara de Águas Claras condenou o influenciador Adalberto de Almeida Monteiro Neto a não republicar vídeos sobre Noemi.
“Para você, pessoa preta de verdade que perdeu a sua vaga pela fraude dela, pedras no caminho e brancos que não respeitam a nossa existência vão existir sempre, mas cabe a nós a resistência, a insistência, a luta, porque uma hora essa palhaçada vai acabar”, diz o influenciador.
Em nota, a servidora afirma que o ativista não conhece a história dela, a lei de cotas e o procedimento usado pelo TJDFT para garantir que a lei seja cumprida. Noemi garante que passou por todo o processo de verificação de enquadramento da política de cotas de forma legal.
No vídeo, Adalberto afirma ainda que, no resultado preliminar do concurso, Noemi teve a autodeclaração recusada pela banca, mas que, em recurso, obteve a liberação.
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