O presidente Luiz Inácio Lula da Silva exonerou nesta quarta-feira (17) o ministro do Turismo, Celso Sabino, após semanas de cr1se política envolvendo o União Brasil. A demissão ocorre depois de o partido expulsar Sabino por ele ter insistido em permanecer no governo, mesmo após a legenda romper oficialmente com o Planalto.
O União Brasil havia determinado que seus filiados deixassem cargos na Esplanada dos Ministérios, em sinal de afastamento do governo Lula. Sabino ignorou a orientação, o que levou à abertura de um processo no Conselho de Ética da sigla e, posteriormente, à sua expulsão, formalizada no último dia 8.
Mesmo pressionado, o então ministro tentou se manter no cargo alegando compromissos institucionais, como a organização da COP-30, prevista para novembro, no Pará. Em setembro, chegou a apresentar uma carta de demissão, mas recuou após conversa com Lula, prolongando o impasse político.
Com o agravamento da crise e a perda de sustentação partidária, Lula optou pela exoneração. Ao deixar o cargo, Sabino afirmou sentir-se “injustiçado”, mas declarou que continuará apoiando o governo petista, elogiando o presidente.
A saída expõe mais um episódio de instabilidade na articulação política do governo Lula e evidencia as dificuldades do Planalto em manter coesão entre aliados no Congresso. O nome do substituto no Ministério do Turismo ainda não foi anunciado.







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