Uma mulher de 37 anos foi detida neste domingo (14) durante um protesto contra o Projeto de Lei da Dosimetria, realizado na região central de Belo Horizonte. A ação ocorreu após ela ser flagrada p1chando um monumento histórico no local.
De acordo com a Guarda Municipal, câmeras de monitoramento da Praça da Estação registraram o momento em que Thabata Pinheiro Campos utilizou spray vermelho para escrever a frase “Brasil Terra Indígena” na base do Monumento à Terra Mineira, localizado em frente ao Museu de Artes e Ofícios.
Ainda segundo a corporação, a mulher teria resistido às ordens dos agentes no momento da abordagem, motivo pelo qual foi conduzida à autoridade policial para os procedimentos legais.
O protesto teve início na Praça Raul Soares, seguiu pela Praça Sete de Setembro e foi encerrado na Praça da Estação, onde ocorreu a p1chação e a detenção.
Em nota, o advogado de Thabata informou que ela foi ouvida e liberada ainda na noite de domingo. A defesa destacou que a mulher é indígena da etnia Borun Xonin e afirmou que o caso seguirá sendo apurado na esfera criminal.
Infração administrativa
Conforme a legislação municipal, a p1chação de patrimônio público é considerada infração administrativa, passível de multa, além de possível responsabilização criminal e obrigação de reparação dos danos causados.
Comparações nas redes
Nas redes sociais, internautas passaram a comparar o caso ao de Débora Rodrigues, condenada a uma pena de 20 anos por ter escrito com batom em uma estátua durante os atos de 8 de janeiro, levantando questionamentos sobre critérios e proporcionalidade nas punições. Comentários irônicos questionavam se a manifestante também enfrentaria punição semelhante.
Sobre o monumento
O Monumento à Terra Mineira é uma obra do escultor Giulio Starace e integra a esplanada da Praça da Estação. Inaugurada em 15 de julho de 1930, a escultura em granito representa o domínio territorial, os bandeirantes e a luta pela liberdade dos mártires mineiros, sendo considerada patrimônio histórico da capital.









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