A aprovação, pela Câmara dos Deputados, do texto-base do PL da Dosimetria, que reduz as penas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros condenados pela tentativa de golpe de Estado e pelos ataques de 8 de janeiro de 2023, movimentou não apenas Brasília, mas também o cenário político paraense.
O projeto foi aprovado na madrugada desta quarta-feira (10) por 291 votos a favor, 148 contra e 1 abstenção, com ainda 72 deputados ausentes.
Entre os votos favoráveis está o da deputada federal Alessandra Haber (MDB-PA), que mais uma vez se posicionou alinhada ao campo político de direita.
O voto da parlamentar, porém, reacendeu um debate que vinha ganhando força nas redes sociais: o contraste entre seu posicionamento claro e o silêncio ideológico do marido, o prefeito de Ananindeua, Daniel Santos (PSB), pré-candidato ao Governo do Pará em 2026.
Enquanto Alessandra Haber se destaca por votações consideradas conservadoras, como o apoio à dosimetria aplicada aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, Daniel Santos permanece em uma zona cinzenta.

Filiado ao PSB, partido que integra a base de apoio do presidente Lula no Congresso, o prefeito oscila entre acenos à esquerda e aproximações com lideranças da direita, estratégia que tem sido vista por internautas como “indefinição calculada e oportunista”
Nas redes sociais, o voto de Alessandra gerou uma nova onda de questionamentos dirigidos ao prefeito. Usuários afirmam que a postura firme da deputada expõe ainda mais a ausência de clareza de Daniel sobre qual projeto político pretende representar caso dispute o governo estadual.
Comentários se multiplicaram apontando que o casal parece transitar em espectros diferentes: enquanto Alessandra assume posições alinhadas à direita, Daniel evita se comprometer publicamente, tentando preservar abertura tanto com eleitores progressistas quanto conservadores.
Para parte do eleitorado, essa ambiguidade já virou um problema. Internautas afirmam que, sem uma definição nítida, fica difícil saber quem Daniel Santos representa e qual agenda defenderá caso avance na disputa pelo Palácio do Governo do Pará.
A pressão cresce, e a cobrança é direta: se pretende mesmo entrar na corrida estadual, o prefeito de Ananindeua terá de deixar claro, em algum momento, qual é o seu lado.










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