O deputado Glauber Braga, do PSOL do Rio de Janeiro, protagonizou mais um episódio de confronto dentro da Câmara dos Deputados nesta terça-feira. Mesmo sem ocupar qualquer cargo na mesa diretora, Braga tomou a cadeira da presidência em protesto contra o processo de cassação que enfrenta e se recusou a deixar o local. A obstrução deliberada obrigou policiais legislativos a retirá-lo à força.
A cena tumultuou o plenário e levou os agentes da Casa a esvaziar o ambiente. A transmissão da TV Câmara foi interrompida no mesmo momento, já que o deputado insistia em permanecer na cadeira destinada ao presidente da Casa, tentando transformar o ato em palco político.
Após ser removido, Glauber ainda acusou a Câmara de cercear seu trabalho e citou a imprensa, afirmando que o sinal só teria sido cortado para evitar que o público acompanhasse o protesto. O deputado também criticou o presidente da Casa, Hugo Motta, pressionando para que sua cassação não fosse votada.
Glauber é alvo de um processo por agressão a um manifestante dentro da própria Câmara. O parecer pela cassação já foi aprovado no Comitê de Ética e confirmado pela CCJ, e agora deve ir a plenário. Segundo parlamentares, a reação do deputado ocorre por medo de perder o mandato, já que a votação está prevista para acontecer nesta quarta-feira.
Enquanto isso, aliados do PSOL tentaram transformar o episódio em narrativa de perseguição, mas a atitude do deputado foi vista por muitos como uma tentativa desesperada de tumultuar a sessão. O caso ganhou ainda mais atenção porque ocorria durante a primeira fase da sessão que pode discutir a redução de pena de Jair Bolsonaro e outros condenados.








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