A permanência de Guto Ferreira no comando do Clube do Remo, responsável por conduzir o time de volta à Série A após mais de 30 anos, ficou distante. Mesmo com o reconhecimento da torcida e da diretoria pelo trabalho histórico, a renovação para 2026 esbarrou em entraves financeiros.
O Remo apresentou uma proposta considerada robusta: contrato de dois anos, com salários que, somando a comissão técnica, ficariam entre R$ 450 mil e R$ 550 mil mensais, mais que o dobro do que o treinador recebia na Série B. Porém, o impasse surgiu na hora de definir a multa rescisória.
A equipe de Guto pediu inicialmente R$ 1,5 milhão como cláusula contratual. O valor chegou a ser reduzido para R$ 900 mil, mas ainda foi considerado alto pela diretoria azulina, que decidiu manter sua política de responsabilidade fiscal e rejeitar o pedido.
Com as negociações travadas, a possibilidade de saída ganhou força. Clubes da elite já monitoram a situação, e nos bastidores o Internacional desponta como um dos principais interessados. Guto trabalhou no clube gaúcho em 2016 e, segundo fontes internas, seria um nome bem avaliado para assumir o time após o fim do ciclo de Eduardo Coudet.
A afinidade do treinador com o futebol gaúcho e sua habilidade em reorganizar elencos reforçam essa aproximação. Assim, a provável despedida de Guto não se dá pela falta de valorização do Remo, mas pelo desnível entre o que o clube pode oferecer e o que a equipe do técnico considera adequado.
Com o contrato terminando em dezembro, o cenário mais provável é que Guto Ferreira não permaneça no Baenão em 2026. A diretoria já avalia alternativas no mercado, enquanto a torcida aguarda os próximos passos desse capítulo marcante na história recente do Leão Azul.








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