O governo brasileiro desembolsou R$ 345.013,56 para trazer ao país a ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia. A operação foi realizada pela Força Aérea Brasileira no dia 16 de abril deste ano, após Heredia ser condenada por lavagem de dinheiro em um processo que envolvia o governo da Venezuela e a construtora Novonor, antiga Odebrecht.
Os valores constam na resposta da FAB a um requerimento apresentado pelo deputado Marcel Van Hattem, do partido Novo do Rio Grande do Sul. Nadine Heredia é casada com o ex-presidente peruano Ollanta Humala. Além de buscá-la no Peru, o governo brasileiro concedeu asilo diplomático à ex-primeira-dama. No início de novembro, ela pediu ao Supremo Tribunal Federal a suspensão de qualquer pedido de extradição.
Segundo a FAB, o custo total da operação foi de R$ 345.013,56. O detalhamento indica R$ 318.009,20 em despesas logísticas, R$ 7.547,62 em diárias para os tripulantes e R$ 19.456,74 em taxas aeroportuárias. A Aeronáutica informou ainda que não houve estimativa prévia dos gastos.
O deputado Marcel Van Hattem criticou a ação afirmando que o governo usou dinheiro público para transportar, segundo ele, uma pessoa condenada por corrupção. Ele atribuiu a decisão diretamente ao presidente Lula.
A resposta do órgão também descreve o trajeto da aeronave. O voo saiu de Brasília às 22h45do dia 15 de abril, fez escala em Cuiabá e seguiu para o Aeroporto Internacional Jorge Chávez, em Lima. O pouso na capital peruana ocorreu às 2h45, no horário local. A decolagem de retorno foi às 4h20, com nova parada técnica em Cuiabá, e chegada a Brasília às 11h40 do dia 16.
Na época da operação, Nadine Heredia era representada pelo advogado Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo Prerrogativas. Ele defendeu o uso da aeronave da FAB, afirmando que a decisão cumpria um tratado internacional firmado entre Brasil e Peru em 1954.







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