O clima de emoção que marcou a despedida de Luís Roberto Barroso do Supremo Tribunal Federal parece ter afetado outros integrantes da Corte. Dias após o anúncio da aposentadoria antecipada de Barroso, a ministra Cármen Lúcia confidenciou a pessoas próximas que também avalia deixar o tribunal antes do prazo oficial, previsto para 2029.
Segundo interlocutores, o desgaste emocional estaria entre os principais motivos da possível decisão. Assim como Barroso, a ministra tem buscado equilíbrio por meio de práticas espirituais alternativas, como o Reiki — técnica de imposição de mãos voltada à harmonização do corpo e da mente.
Fontes próximas afirmam ainda que Cármen Lúcia teria ficado apreensiva após ter o visto americano revogado, assim como Barroso. A ministra teme possíveis implicações de sanções internacionais, como a Lei Magnitsky, que já teria afetado outros magistrados brasileiros.
Apesar de ter tentado convencer Barroso a permanecer na Corte, Cármen Lúcia tem se mostrado favorável à indicação de uma mulher para ocupar a vaga aberta. Ela considera que a representatividade feminina no Supremo diminuiu desde a saída de Rosa Weber e acredita que uma eventual aposentadoria sua poderia abrir caminho para um novo equilíbrio de gênero, especialmente com apoio do entorno do presidente Lula e da primeira-dama Janja.
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