O ministro do Turismo, Celso Sabino (União-PA), afirmou nesta quarta-feira (8) que vai permanecer à frente da pasta até o ano que vem, contrariando a ordem da direção nacional do partido para que os filiados entreguem os cargos no governo Lula (PT).
Alvo de um processo que pode levar à sua expulsão do União Brasil, Sabino disse que a legenda tomou decisões “equivocadas” e “açodadas”. Ele também afirmou que pretende tentará seguir no partido por meio do diálogo.
“Pelo bem do turismo, pelo bem dos serviços que a gente vem fazendo em todo o país, mas especialmente pelo bem do povo do Pará pela realização da COP30, vou permanecer no governo”, disse.

A cúpula do União Brasil se reúne na manhã desta quarta-feira (8) para analisar um processo que pede a expulsão do ministro por suposta infidelidade partidária.
Também nesta quarta (8), o ministro dos Esportes, André Fufuca, foi afastado do partido Progressistas (PP). A decisão do partido foi comunicada pelo presidente da legenda, Ciro Nogueira, dois dias depois do ministro declarar estar “ao lado” do presidente Lula.
O procedimento contra Celso Sabino no União Brasil foi aberto no último dia 30 e acusa o ministro de desrespeitar orientações da legenda, como o ultimato do partido para a entrega de cargos no governo Lula.
Em 18 de setembro, o União Brasil aprovou uma resolução que exigia que filiados ao partido deixassem, em até 24 horas, cargos ocupados no governo Lula. Desde então, Sabino tem tentado dialogar para garantir sua permanência na pasta pelo menos até a COP 30, marcada para novembro, em Belém.
Sabino chegou a pedir demissão do governo em 26 de setembro, mas afirmou que permaneceria no cargo até a semana seguinte para acompanhar o presidente em agendas da COP no Pará.
Em rota de colisão com o Planalto, a sigla decidiu que filiados teriam de deixar cargos na gestão Lula até o dia 19 de setembro. À época, o União Brasil afirmou que o descumprimento seria considerado infidelidade partidária.
Segundo o texto da norma, chancelada pela cúpula nacional da sigla, os membros que não abandonarem a gestão Lula poderão ser punidos disciplinarmente. Entre as punições previstas no estatuto do partido, está a expulsão.
Sabino resiste e diz que ficará com Lula “pelo bem do povo do Pará”:https://t.co/dvLt74EXj8 pic.twitter.com/cYDd51RG2D
— QB News (@qbnewsoficial) October 9, 2025
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