O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), comentou em tom de brincadeira a crise das bebidas adulteradas com metanol no estado, durante coletiva nesta segunda-feira (6). O número de casos suspeitos chegou a 192, dos quais 14 foram confirmados. Há ainda duas mortes confirmadas e outras sete em investigação.
Após se reunir com representantes da indústria de destilados, Tarcísio destacou que as empresas têm “enorme vontade de colaborar” nas investigações. Em seguida, disse que não iria se aventurar a citar marcas de bebidas comumente falsificadas:
— “No dia em que começarem a falsificar Coca-Cola, eu vou me preocupar. Ainda bem que não chegaram nesse ponto.”
O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, entrou na brincadeira e acrescentou: “Café e Coca-Cola zero, até agora, não.” Ao que Tarcísio respondeu: “A minha é normal.”
Na mesma ocasião, o governador coordenou reunião do gabinete de crise que trata do avanço dos casos de intoxicação por metanol. Além de secretários estaduais, participaram do encontro representantes da indústria de bebidas, que deve firmar convênio com o governo para oferecer treinamentos a distribuidores e bares, além da criação de um selo de confiabilidade para estabelecimentos que comercializem produtos de origem comprovada.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao ser questionado sobre a fala do governador, reforçou que a prioridade é proteger a população:
— “O Ministério da Saúde preza pela vida e atua em sintonia com a secretaria de saúde de São Paulo e a rede do SUS para enfrentar os casos de intoxicação.”
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