Em mais um episódio da guerra cultural que domina as redes sociais e o mundo, o bilionário Elon Musk afirmou ter cancelado sua assinatura da Netflix após a plataforma de streaming promover ideologia transgênero para crianças.
O alerta surgiu após viralizar um trecho da animação Dead End: Paranormal Park, exibida pela plataforma e classificada para crianças a partir de 7 anos.
O magnata compartilhou um vídeo com uma cena em que o protagonista, Barney, diz: “Eu sou trans”. Para Musk, esse tipo de conteúdo representa uma tentativa de “doutrinação ideológica” precoce.
“Cancel Netflix for the health of your kids” (“Cancelem a Netflix pela saúde dos seus filhos”), escreveu em sua conta no X (antigo Twitter), incentivando seguidores a boicotar a plataforma.
A polêmica ganhou força justamente porque o desenho é voltado para o público infantil, a partir de 7 anos, e traz mensagens alinhadas ao que críticos chamam de “ideologia woke trans” — termo usado para se referir a produções que buscam incluir pautas de identidade de gênero e sexualidade em narrativas destinadas a crianças.

É esse o ponto central da reação de Musk e de parte dos pais que aderiram à campanha: a percepção de que a Netflix estaria inserindo temas adultos e debates de identidade em faixas etárias que ainda não têm maturidade emocional para compreendê-los.
Hamish Steele, responsável pela animação, respondeu que o programa teve impacto positivo e “salvou vidas” ao oferecer representatividade a jovens LGBTQ+. Ele também denunciou ter recebido e-mails com conteúdo homofóbico após os ataques.
A repercussão não ficou restrita às redes sociais.
Após os apelos de Musk por boicote, as ações da Netflix caíram pela quarta vez consecutiva na bolsa norte-americana.
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