O Google reconheceu, nesta terça-feira (23), em carta enviada ao Comitê Judiciário da Câmara dos Estados Unidos, que sofreu pressão do governo do ex-presidente Joe Biden para remover conteúdos relacionados à pandemia de Covid-19 e às eleições, mesmo quando não havia violação das próprias regras da empresa. O documento foi revelado no contexto de investigações conduzidas pelo colegiado liderado pelo deputado republicano Jim Jordan, de Ohio.
No mesmo comunicado, a empresa anunciou que criadores que tiveram contas permanentemente suspensas do YouTube por discurso político poderão retornar à plataforma. A medida contempla canais banidos por postagens sobre Covid-19 e integridade eleitoral, em políticas que já não estão mais em vigor.
Especialistas avaliam que a decisão de admitir a censura e de reabrir espaço para vozes silenciadas reflete, em parte, o legado político do governo Donald Trump, marcado pela ênfase na liberdade de expressão e pela pressão sobre Big Techs em relação a práticas consideradas restritivas.
O Google afirmou ainda que a pressão exercida por altos funcionários do governo Biden, inclusive membros da Casa Branca, foi “inaceitável e errada”. A declaração sinaliza um possível reposicionamento da empresa diante das críticas sobre moderação excessiva de conteúdo e seu impacto no debate público.
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