A disputa pelo Quinto Constitucional da OAB-Pará, marcada para esta segunda-feira (11), acontece sob fortes questionamentos sobre transparência e imparcialidade.
Nos últimos meses, advogados e fontes internas relataram à imprensa uma série de episódios que, segundo eles, indicam direcionamento do processo. Entre as acusações, estão impugnações de candidaturas, desistências silenciosas e a alegação de que algumas inscrições teriam sido feitas apenas para cumprir formalidades, sem intenção de concorrer.
Metade dos conselheiros seccionais, segundo denúncias, já declarou apoio a um único nome — o mesmo que estaria sendo impulsionado diretamente pelo presidente da OAB-PA, Sávio Barreto. Relatos afirmam que ele teria participado de eventos voltados à promoção desse candidato, incluindo um jantar para advogadas, onde fez discurso em defesa da candidatura. Também haveria registros de ligações a presidentes de subseções da entidade pedindo votos e desencorajando o apoio a mulheres concorrentes.
Um dos episódios que mais geraram repercussão foi uma frase atribuída a Barreto durante uma reunião interna: “Vale tudo, e não é novela”, supostamente dita ao criticar articulações de apoio entre advogadas.
Representações por abuso de poder político e econômico já foram protocoladas tanto contra o candidato quanto contra o presidente da seccional, mas, até o momento, não houve andamento nos procedimentos.
Outro ponto polêmico envolve o nome de uma reitora de renomada instituição de ensino jurídico, acusada de pressionar docentes a manifestarem apoio ao mesmo candidato.
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