O advogado de Donald Trump, Martin De Luca, fez duras críticas ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), após este declarar que não pretende colocar em votação o pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A fala ocorre em meio à escalada de tensões políticas entre aliados do ex-presidente dos EUA e autoridades brasileiras. A informação é da coluna de Paulo Cappelli, no portal Metrópoles.
“Se até mesmo a unanimidade no Senado é irrelevante, para onde o Brasil está indo?”, questionou De Luca, referindo-se às 41 assinaturas de senadores da oposição favoráveis à abertura do processo contra Moraes. Apesar do apoio de quase metade da Casa, Alcolumbre declarou que “nem com todas as 81 assinaturas” colocaria o pedido em votação.
Em publicação nas redes sociais, o advogado afirmou que “após semanas de protestos, censura desenfreada e aumento das detenções políticas, a maioria dos senadores brasileiros assinou um pedido formal de impeachment de Alexandre de Moraes”. Para ele, a postura do presidente do Senado bloqueia o próprio funcionamento institucional. “Há 81 senadores no Brasil. Alcolumbre está dizendo que, mesmo que todos peçam o impeachment, ele o impedirá de qualquer maneira. Isso significa que a instituição responsável por fiscalizar Moraes está sendo impossibilitada de agir”, disse.
Alcolumbre, por sua vez, justificou que a decisão sobre o impeachment não é apenas numérica, mas exige análise jurídica e política, considerando justa causa, provas, adequação legal e viabilidade. “A decisão cabe ao presidente do Senado, no exercício de suas prerrogativas constitucionais. Em respeito ao diálogo democrático e à oposição, reafirmo que qualquer pedido será examinado com seriedade e responsabilidade”, declarou.
A resistência do presidente do Senado em avançar com o processo fez com que ele passasse a ser incluído na lista de autoridades brasileiras sujeitas a sanções anunciadas por Donald Trump.
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