O Ministério Público do Pará (MPPA) apresentou nesta terça-feira (5), novos desdobramentos da Operação Hades, que afastou do cargo o prefeito de Ananindeua, Daniel Santos (MDB).
Em coletiva de imprensa, o promotor de Justiça Arnaldo Azevedo revelou a apreensão de relógios de luxo avaliados em até R$ 420 mil cada, encontrados em um apartamento alugado pelo gestor em Fortaleza (CE).
Segundo Azevedo, a coleção soma aproximadamente R$ 2,5 milhões a R$ 3 milhões.
“Os relógios devem valer R$ 420 mil cada. Ao todo,
aproximadamente, existe lá cerca de R$ 2,5 milhões, chegando a R$ 3 milhões só em relógios”, destacou o promotor.

Embora não tenham sido encontrados valores em espécie, a operação também apreendeu tratores na fazenda Vale do Mesquita, em Tomé-Açu, avaliados em cerca de R$ 3 milhões.
Residência oficial não foi alvo
A busca e apreensão não ocorreu na residência oficial de Daniel Santos em Ananindeua, pois o prefeito não se encontrava no estado. Azevedo explicou que a medida levou em consideração o fato de o imóvel ser compartilhado com a esposa, a deputada federal Alessandra Haber, que possui foro privilegiado.
Avião ainda não apreendido
Outro bem de alto valor, um avião ligado ao prefeito, não foi localizado, já que não estava em solo paraense durante a operação.
“Espero o bom senso do gestor para apresentar a aeronave no Pará e cumprir a ordem judicial. Se recorrer e ganhar, ele volta ao cargo e os bens são devolvidos. Se não, que a aeronave seja entregue”, afirmou o promotor.
Bloqueio de meio bilhão em bens
No total, a Justiça determinou o bloqueio de aproximadamente R$ 500 milhões em bens dos investigados, incluindo imóveis, veículos, embarcações e aeronaves. A medida tem como objetivo garantir eventual ressarcimento ao erário em caso de condenação.
A Operação Hades investiga supostos esquemas de corrupção, lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito envolvendo o prefeito e outros aliados políticos.
Comentários