A juíza Tula Correa de Mello, da 3ª Vara Criminal, aceitou denúncia do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e tornou réus por tentativa de homicídio qualificada o rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, o Oruam, e um amigo dele, Willyam Matheus Vianna Rodrigues Vieira.
Oruam já vinha respondendo a outros sete crimes, pelos quais está preso preventivamente, após a confusão do dia 21, quando ele e amigos impediram o cumprimento de um mandado de busca e apreensão contra um menor procurado por tráfico e roubo. Entretanto, é a primeira vez que o artista se torna réu pelo episódio. Tula ainda expediu um novo mandado de prisão preventiva por isso.
Um novo vídeo daquela noite mostra Oruam esmurrando um carro de polícia, antes de os agentes deixarem o local.
Segundo a denúncia, após a apreensão do adolescente, os dois denunciados e outros indivíduos não identificados passaram a lançar pedras contra os policiais de uma altura de 4,5 metros, da varanda da casa de Oruam. Um dos agentes foi atingido nas costas, e outro precisou se abrigar atrás da viatura.
O MPRJ sustenta que os réus agiram com dolo eventual, assumindo o risco de matar os agentes, e destaca que as pedras lançadas pesavam até 4,85 kg, com capacidade de causar ferimentos letais.
Além dos ataques físicos, o cantor fez publicações nas redes sociais incitando a violência contra a polícia e desafiando abertamente a presença de agentes no Complexo da Penha. A Promotoria afirma que os atos configuram motivo torpe, meio cruel e tentativa de homicídio contra agentes em serviço, o que pode enquadrá-los na Lei dos Crimes Hediondos.
Depois da operação e de horas foragido, Oruam se entregou no dia 22. Ele responde por 7 crimes, além da tentativa de homicídio.
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