A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, nesta sexta-feira (18), para manter as medidas cautelares impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Votaram neste sentido os ministros Alexandre de Moraes, relator do caso; Flávio Dino; e Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma. Ainda faltam os votos de Cármen Lúcia e Luiz Fux. A votação acontece em plenário virtual.
Jair Bolsonaro foi alvo de uma operação da Polícia Federal, na manhã desta sexta, que cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços do ex-presidente em Brasília. A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, que ainda determinou medidas cautelares.
Além do uso da tornozeleira eletrônica, Bolsonaro está proibido de sair de casa à noite e nos fins de semana; de manter contato com outros investigados — incluindo o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro, filho dele, que está nos Estados Unidos —; se aproximar de embaixadas ou manter diálogo com diplomatas; e ter acesso a redes sociais.
Agentes da PF apreenderam U$ 14 mil e cerca de R$ 8 mil em espécie na casa do ex-presidente. Bolsonaro afirmou que os valores são legais e que possui documentação de compra registrada no Banco Central. A corporação também encontrou um pendrive escondido em um banheiro da residência.
As medidas não estão ligadas diretamente à investigação sobre tentativa de golpe de Estado, mas a outras frentes em que Bolsonaro é investigado. Os detalhes dos indícios reunidos pela PF e pela PGR constam do despacho do STF que embasou a operação.
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