O governo dos EUA aprovou nesta quarta-feira (9) um acordo comercial que vai garantir a aplicação de tarifa zero às exportações argentinas. O combinado prevê ainda que os produtos que ficarem de fora da alíquota zero terão uma taxação de apenas 10%.
A divulgação do acordo ocorreu no mesmo dia em que Trump anunciou que vai taxar as exportações brasileiras em 50%. A decisão norte-americana gerou grande repercussão política e, principalmente, financeira, com expressiva alta do dólar futuro.
A informação é do canal Direto da América, que publicou uma foto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e do principal líder político da Argentina, Javier Milei.
EUA e Argentina: retrato do alinhamento político
Para alguns analistas, a decisão comercial dos Estados Unidos em relação aos dois países da América do Sul reflete sobretudo uma questão de alinhamento político.
Enquanto a Argentina defende uma economia de livre mercado e maior reforço às estruturas democráticas, o Brasil demonstra estar numa trajetória contrária.
A medida do governo Trump alavanca ainda mais a possibilidade de recuperação econômica do governo atual, que tem conseguido reduzir a inflação e gerar crescimento econômico depois de vários anos de crise em razão de gestões esquerdistas baseadas no populismo, no aumento do Estado e envolvimento em casos de corrupção.
Em 2024, a Argentina exportou US$ 6,395 bilhões em bens para os Estados Unidos, segundo dados da Câmara Argentina de Comércio e Serviços (CAC). O aumento é de 13,2 % na comparação com 2023. De maneira geral, conforme o Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR), o comércio total de bens entre os dois países em 2024 foi de US$ 16,3 bilhões.
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