Uma imagem registrada na Feira Municipal de Cametá, no nordeste do Pará, tem causado grande repercussão nas redes sociais. A foto, publicada por um internauta paraense, mostra mucuras sendo vendidas ao lado de peixes e outros alimentos. Segundo a Polícia Civil, a comercialização de animais silvestres sem autorização dos órgãos competentes configura crime ambiental.
Na postagem feita na rede social X (antigo Twitter), o autor brincou com a diferença cultural local. “O pessoal fala muito dos alimentos exóticos da China e países asiáticos, mas mal sabem o nível da feira de Cametá-PA”, escreveu, acompanhado da foto que mostra carcaças do animal expostas em uma barraca.
Embora tenha causado estranhamento na internet, o consumo de mucuras, também conhecidas como saruês ou gambás, não é novidade na região. “Aqui, principalmente nas comunidades ribeirinhas, esse consumo faz parte da cultura local. Por isso, é comum ver essas cenas nas feiras municipais”, explicou o internauta.
Uma moradora da cidade, que preferiu não se identificar, afirmou que a comercialização e o consumo de mucura e outras “carnes de caça” são comuns, e até culturais, em feiras e restaurantes locais.Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Cametá também confirmou que o registro foi feito na cidade.
Em nota, a Secretaria de Meio Ambiente e da Vigilância Sanitária afirmou que repudia a prática ilegal da venda de animais silvestres e que os responsáveis serão notificados, autuados e terão os animais apreendidos, quando for o caso.“A Prefeitura reforça que não compactua com essa prática ilegal e desrespeitosa ao meio ambiente e à saúde pública, e continuará fiscalizando os infratores, acarretando na perca da licença e acusação de crime ambiental”, concluiu o comunicado.
A Polícia Civil informou que ainda não há registro oficial do caso na delegacia da região, mas reforça que a venda de animais silvestres sem autorização é crime ambiental, com pena prevista de seis meses a um ano de detenção, além de multa.
*com informações de O Liberal
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