Um homem de 57 anos, que dava aulas de karatê, foi preso pela Polícia Civil suspeito de abusar sexualmente de pelo menos quatro crianças no bairro Marambaia, em Belém. A prisão ocorreu na tarde desta quarta-feira (25), em Ananindeua, durante a “Operação Golpe Invisível”. As vítimas, segundo a investigação, têm entre 11 e 12 anos.
De acordo com a delegada Joseângela Santos, da Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente (Deaca), a apuração teve início após a denúncia feita pela mãe de uma das crianças. “Ela nos procurou dizendo que o filho, depois de assistir a uma reportagem sobre abuso sexual, contou que era vítima há cerca de quatro anos. O suspeito era seu professor de karatê”, disse.
As autoridades acreditam que o acusado usava sempre o mesmo padrão de abordagem. “Ele se aproveitava da confiança conquistada com os alunos e os pais para se aproximar das crianças.
Até agora, já identificamos quatro vítimas, mas pode haver mais”, explicou a delegada.
As investigações também apontam que o suspeito já havia sido investigado por conduta semelhante no passado. “Há cerca de 15 anos, ele foi acusado de abusar de menores enquanto mantinha uma lan house na Marambaia. Naquela ocasião, não foi condenado por falta de provas”, relatou a delegada.
Ainda segundo a polícia, o investigado teria sido demitido de uma escola por conta de uma denúncia de abuso envolvendo um aluno. Após isso, ele passou a dar aulas em um clube local.
“Recebemos informações de que ele foi dispensado da escola justamente por suspeitas de abuso. Depois, continuou atuando com crianças fora do ambiente escolar” afirmou Joseângela.
A delegada também explicou que o suspeito mantinha contato com as vítimas fora do horário das aulas. “Ele se aproximava das familias, conversava com os alunos por aplicativos de mensagens, enviava presentes e até moedas virtuais para jogos online, como forma de atrair e manipular as crianças”, contou.
Por fim, a delegada orientou que familiares que tenham suspeitas sobre o envolvimento do professor com outras crianças procurem a Deaca.
“Pedimos que compareçam à delegacia e nos informem. A partir daí, podemos realizar a escuta especializada e seguir com a investigação.
Reforçamos que a culpa nunca é da criança, nem dos pais. O responsável é o abusador”, concluiu.
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