As autoridades da Indonésia preparam o envio de um helicóptero com uma equipe especializada para resgatar a brasileira Juliana Marins, que sofreu uma queda enquanto fazia trilha nas proximidades do vulcão Monte Rinjani no último sábado (21).
O helicóptero deve decolar ainda na noite desta segunda-feira (23), no horário de Brasília, o que corresponde à manhã de terça-feira (24) no horário da Indonésia.
Juliana encontra-se a cerca de 500 metros do local onde ocorreu o acidente. Ela está há mais de 60 horas sem acesso a alimentos, água potável e proteção contra o frio.
De acordo com autoridades indonésias, imagens captadas por drones indicam que Juliana permanece imóvel em uma área de difícil acesso.
Nesta segunda-feira, a família informou que a brasileira chegou a ser localizada durante uma nova tentativa de resgate. Porém, as operações precisaram ser suspensas devido ao mau tempo.
Mariana Marins, irmã de Juliana, criticou a lentidão nas ações de resgate e apontou falta de organização por parte das equipes envolvidas.
“Eles não estão sendo agilizados, seguem muito lentos, igual no primeiro dia de resgate, que era pra terem chegado de cinco a sete horas no local, demoraram 17h. Se tivessem chegado no horário certo, na janela de tempo ideal e factível, talvez já estaríamos comemorando o resgate dela. Mas, não, foi uma negligência gigantesca. 17 horas até chegarem no local, 10 horas mais do que o tempo normal da janela de tempo. Pra gente tá sendo um absurdo”.
Mariana também relatou que dois alpinistas experientes da região estão se dirigindo ao ponto do acidente para auxiliar nos esforços de resgate.
“Juliana está lá mais uma noite, sozinha, sem comida, sem água, sem agasalho. É muito absurda toda essa situação, toda essa demora. Ela segue abandonada. Nossa esperança é que esse alpinista consiga seguir com o resgate a noite. Mas ele vai demorar seis horas pra chegar lá”.
No Brasil, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, acionou autoridades indonésias em alto nível, solicitando apoio intensificado às operações de busca na área do Monte Rinjani.
A Embaixada brasileira em Jacarta também atuou junto às autoridades locais, o que resultou na mobilização de novas equipes para o resgate.
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