Em Belém, o que deveria ser um espaço de respeito e memória se transformou em cenário de descaso e abandono. Cemitérios públicos da capital paraense, como Santa Izabel, São Jorge e Tapanã, estão tomados pelo mato, pelo lixo e pela falta de manutenção, dificultando até mesmo que familiares encontrem os túmulos de seus entes queridos.
No bairro do Guamá, o Cemitério Santa Izabel é um dos casos mais críticos. A vegetação alta cobre sepulturas e atrapalha o acesso de visitantes. Segundo relatos, não há sinalização adequada, e a limpeza no local é rara.
Outro exemplo preocupante é o Cemitério São Jorge, localizado no bairro da Marambaia. Considerado um dos maiores da cidade, o espaço também sofre com a negligência. Frequentadores reclamam que os serviços de limpeza ocorrem apenas em datas específicas, e nem mesmo no último Dia das Mães, celebrado no domingo passado, houve qualquer ação por parte da Prefeitura. O mato tomou conta das alamedas e sepulturas, como mostram vídeos gravados por visitantes e divulgados nas redes sociais.
Além do abandono físico, cresce a sensação de insegurança. No Cemitério do Tapanã, por exemplo, moradores relatam a presença constante de usuários de drogas e atividades criminosas, o que tem afastado muitos visitantes.
A situação impacta diretamente quem trabalha no entorno dos cemitérios. Vendedores de flores, que costumam lucrar em datas como o Dia das Mães, relataram queda nas vendas este ano. O motivo? Menos pessoas têm ido visitar os entes queridos por medo ou por indignação com o estado dos locais.
Assista:
Em Belém, o que deveria ser um espaço de respeito e memória se transformou em cenário de descaso e abandono. Cemitérios públicos da capital paraense, como Santa Izabel, São Jorge e Tapanã, estão tomados pelo mato, pelo lixo e pela falta de manutenção, dificultando até mesmo que… pic.twitter.com/ZtetH52A5e
— QB News (@qbnewsoficial) May 26, 2025
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