A Justiça do Trabalho de Pernambuco determinou, nesta segunda-feira (28), a penhora do escritório da cantora Joelma, localizado no bairro Ilha do Retiro, Zona Oeste do Recife, como parte da execução de uma dívida trabalhista no valor de R$ 1,2 milhão.
A decisão foi proferida pelo juiz Gustavo Augusto Pires de Oliveira, da 11ª Vara do Trabalho do Recife, no âmbito de uma ação movida por Fábio Henrique Izaías de Macedo, ex-empresário da Banda Calypso, que alegou não ter tido sua carteira de trabalho assinada durante o período em que prestou serviços ao grupo.
Em 2018, Joelma e seu ex-marido, o guitarrista Ximbinha, foram condenados com o reconhecimento do vínculo empregatício de Fábio Henrique, que atuava na venda de shows da banda. A defesa da cantora argumentou que ele apenas prestava serviços mediante pagamento de comissão, sem vínculo trabalhista, inclusive para outras bandas de música. No entanto, a Justiça do Trabalho entendeu que o autor da ação “agia como funcionário da empresa, e não apenas como vendedor de shows”.
Em março de 2024, o juiz Gustavo Augusto Pires de Oliveira determinou à Polícia Federal a apreensão do passaporte da cantora, alegando que Joelma escondia patrimônio para evitar pagar a dívida trabalhista. A desembargadora Maria Clara Saboya Bernardino, do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região, concedeu habeas corpus a Joelma para manutenção do seu passaporte, por considerar a decisão “desproporcional e desnecessária” e “medida extrema”.
Joelma, natural do Pará, ganhou notoriedade nacional como vocalista da Banda Calypso, que bateu recordes de vendas de discos e de shows nos anos 2000. Após o fim da banda em 2015, ela seguiu carreira solo. O disco “Banda Calypso pelo Brasil” foi o mais vendido de todos os tempos no país, com 2,5 milhões de cópias comercializadas em 2006.
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