O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou nesta segunda-feira, 17, que a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem tem uma renda mensal de até R$ 5 mil acarretará um custo de R$ 27 bilhões aos cofres públicos. A estimativa inicial do governo era de um impacto de R$ 35 bilhões.
Haddad também indicou que não haverá uma limitação para a isenção de IR para pessoas com doenças graves, uma proposta que foi discutida pela equipe econômica.
O ministro explicou que a alteração no cálculo se deu devido à previsão de que, ainda este ano, a isenção do IR será elevada dos atuais R$ 2.824 para R$ 3.036. Esse valor ajustado corresponde a dois salários mínimos.
“Fizemos o recálculo porque, neste ano, haverá uma pequena correção após a definição do orçamento, devido ao aumento do salário mínimo. Isso impacta a base de cálculo do imposto”, afirmou.
Além disso, Haddad mencionou que se encontrará com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), nesta terça-feira, 18, para detalhar os aspectos da isenção de IR e as possíveis compensações.
Para equilibrar a perda de receita, o governo criará um imposto mínimo de 10% sobre a renda de quem ganha mais de R$ 50 mil por mês (ou R$ 600 mil por ano).
Esse imposto incidirá também sobre os rendimentos provenientes de lucros e dividendos, que atualmente são isentos.
“O que foi anunciado continua de pé, com ajustes feitos a pedido do presidente Lula, que incluiu a manutenção dos descontos e a consideração do CNPJ. Essas mudanças foram finalizadas há duas ou três semanas”, explicou Haddad.
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