O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (20) que tem “obsessão” em tornar o alimento “barato, barato, barato” para os brasileiros.
A declaração foi feita durante evento no Porto de Itaguaí, na região metropolitana do Rio de Janeiro, em um momento em que a inflação dos alimentos tem sido apontada como uma das razões para sua queda de popularidade.
“Eu tenho obsessão em fazer o alimento barato, barato, barato, para que vocês possam comprar”, declarou o presidente, explicando que sua experiência com a inflação nos anos 80, quando o Brasil enfrentou uma crise de 80% de inflação, o motivava a tomar medidas para combater os altos preços.
“Eu já vivi inflação de 80%. Ia no atacadista e comprava mais papel higiênico do que iria usar, porque meu salário, não sei… É isso o que eu quero evitar”, completou.
Lula também anunciou que se reunirá com atacadistas para discutir formas de reduzir os preços dos alimentos. Em entrevista à Rádio Tupi, o presidente destacou que, em um cenário de câmbio desvalorizado, os produtores não podem cobrar preços no mercado interno iguais aos das exportações.
Ainda no evento, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, falou sobre a inflação dos alimentos, afirmando que é “normal no primeiro trimestre” e que a situação “vai passar”.
O presidente também celebrou a assinatura de contrato para a concessão de um terminal de minério de ferro no Porto de Itaguaí, que deve atrair R$ 3,6 bilhões em investimentos e gerar 2.800 empregos durante as obras, com previsão de operação iniciando em 2029.
Lula defendeu a circulação do dinheiro entre a população mais pobre como motor do crescimento econômico. “Quando ele [o pobre] tem o recurso, ele não deposita no banco. Ele vai comprar coisa para a família. Vai comprar comida, vai comprar roupa…”
Ele ainda reforçou que despesas com saúde e educação devem ser vistas como investimentos e não como gastos, destacando que pessoas saudáveis produzem mais e ajudam a economia.
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