Um tiroteio fechou a Avenida Brasil e a Linha Vermelha, na altura da Cidade Alta, nos dois sentidos, por cerca de 1 hora, no início da tarde desta quarta-feira (12). Três pessoas foram baleadas.
Durante o confronto, um helicóptero do Grupamento Aeromóvel (GAM), da Polícia Militar, foi atingido e teve que fazer um pouso forçado no Comando Naval da Marinha, na Penha.
A Secretaria de Segurança Pública do RJ chegou a divulgar que eram duas aeronaves atingidas, mas a informação foi corrigida para apenas uma.
Duas das três vítimas atingidas estavam em um ônibus que passava pelo local. Um dos feridos foi levado para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, na Zona Norte, e os outros dois para o Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada. Não há informações sobre o estado de saúde deles.
As polícias Civil e Militar foram para Parada de Lucas e Vigário Geral após receberem informações de inteligência de que o traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, estaria escondido em uma casa do Complexo de Israel. Atualmente, ele é um dos criminosos mais procurados do Rio de Janeiro.
Cidade Alta, Vigário Geral, Parada de Lucas, Cinco Bocas e Pica-pau são as cinco comunidades que compõe o complexo. Juntas, no local, moram cerca de 134 mil pessoas.
Bandidos atearam fogo a barricadas, a um caminhão e a uma passarela para dificultar a entrada dos agentes nas comunidades.
A Polícia Civil solicitou à PM o fechamento da Avenida Brasil nas proximidades das comunidades para garantir a segurança da população.
“A Brasil está fechada por um protocolo de segurança”, disse o porta-voz da PM, Maicon Pereira.
Nas redes sociais é possível observar vários motoristas abandonando os carros e se abrigando em muretas da Avenida Brasil e da Linha Vermelha para evitarem serem atingidos por disparos.
Temendo as balas perdidas, passageiros de um ônibus BRT pediam ao motorista para não parar: “Vai embora, moço”.
Uma mulher que ficou no meio do fogo cruzado gravou um vídeo no momento que passava pela Linha Vermelha. Ao g1, a dentista Mônica Mayer disse ter ficado impressionada com o arsenal dos bandidos.
“É muito tiro, muito tiro. É impressionante porque você vê a diferença do tiro do bandido para o tiro da polícia. A polícia dá um tiro, para, dá outro tiro, para. Os bandidos, o armamento, é uma coisa surreal. A cidade tá dominada. Eles [os bandidos] não têm nada a perder”, disse.
G1
Comentários