O agente administrativo José Alberto Soares de Castro, de 58 anos, foi encontrado morto com várias facadas nesta terça-feira (4) em um apartamento na travessa São Pedro, no bairro Batista Campos, em Belém. A principal suspeita do crime é Yves de Luka, que se apresentou espontaneamente na Seccional do Comércio para confessar o homicídio e apontar o local onde estava o corpo da vítima.
José Alberto era morador do bairro da Guanabara, em Ananindeua, e trabalhava como servidor concursado no Hospital de Clínicas Gaspar Vianna. De acordo com familiares, ele saiu na tarde de segunda-feira (3) para fazer um exame no próprio HC e, pouco antes das 16h, recebeu uma ligação telefônica e deixou o hospital, pedindo para remarcar o procedimento. A partir de então ele não deu mais notícias.
O filho da vítima, Matheus Castro, relatou que a família tentou contato várias vezes. “Minha mãe mandou uma mensagem para ele perguntando onde estava, se estava tudo bem, porque, se ele tivesse feito o exame, teria avisado. Quando deu nove da noite ficamos preocupados e saímos para procurá-lo”, disse. Ele e a mãe percorreram hospitais em busca de informações, temendo que José Alberto tivesse sofrido um acidente, já que havia saído de moto sob chuva intensa.
Na noite dessa mesma segunda-feira (3), a família registrou um boletim de ocorrência e divulgou o desaparecimento nas redes sociais. Segundo Matheus, a família desconhece Yves de Luka e não tem ideia do que pode ter motivado o crime. “Não sei se meu pai foi pressionado sobre algum pagamento que devia ou se, do contrário, teve que pressionar alguém para receber algum valor devido”, afirmou. Ele também revelou que, após a divulgação do desaparecimento, criminosos tentaram aplicar golpes, ligando de números com DDDs de fora do estado do Pará para afirmar que sabiam o paradeiro de José Alberto.
Caso envolto em mistério
O homicídio está sendo investigado, mas, ainda apresenta algumas incógnitas. Segundo o assassino confesso, Yves, o homicídio estaria relacionado a uma dívida que ele tinha com a vítima e que o levou a agir em “legítima defesa”. No entanto, a polícia não divulgou detalhes sobre a que se referia essa dívida, qual o valor e tampouco os acontecimentos daquele dia que culminaram na morte de José Alberto. Além disso, vizinhos do apartamento e do prédio onde o corpo foi encontrado disseram não conhecer a vítima, o que leva à conclusão de que ele possa ter sido atraído para o local.
O corpo de José Alberto foi periciado e removido pela Polícia Científica para o Instituto Médico Legal (IML). A Polícia Civil segue investigando o caso.
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