O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) está sob os holofotes novamente, desta vez como alvo de investigações solicitadas pela Advocacia-Geral da União (AGU) após a repercussão de um vídeo em que critica o monitoramento de transações financeiras pela Receita Federal, incluindo o Pix. A publicação, que viralizou com mais de 275 milhões de visualizações, teve impacto suficiente para fazer o governo reconsiderar a proposta que poderia atingir cerca de 39 milhões de brasileiros que atuam na informalidade.
A denúncia partiu do deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP), que acionou a AGU para investigar Ferreira sob as acusações de estelionato e crime contra a economia popular. A ação foi amplamente criticada por aliados do parlamentar, que interpretaram a iniciativa como uma forma de “intimidação judicial” contra a oposição.
Nikolas Ferreira tem se destacado como uma das principais vozes da oposição ao governo, com discursos contundentes contra medidas que consideram invasivas ou relevantes à população. No vídeo em questão, ele questiona a confiabilidade do governo, mencionando promessas não cumpridas, como a isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais, adiada para 2026, e a tributação de produtos importados, como as populares “blusinhas” da China.
Os desdobramentos incluem também a ameaça de um processo de cassação por parte de um grupo de advogados ligado ao movimento Prerrogativas, conhecido por sua proximidade com o governo Lula. Segundo eles, Nikolas teria propagado informações que atentavam contra a estabilidade democrática, embora não tenham apontado nenhuma inverdade específica no vídeo.
Para aliados do deputado, a ação representa mais um capítulo do que chama de “perseguição política” contra figuras ligadas ao bolsonarismo. Nikolas, por sua vez, mantém sua posição firme, afirmando que continuará exercendo seu papel fiscalizador e levantando questionamentos sobre as políticas públicas do governo.
A situação reacende o debate sobre os limites entre liberdade de expressão, crítica política e o uso do Judiciário em disputas ideológicas. A repercussão do caso deve trazer novos capítulos, com impacto não apenas na trajetória política do deputado, mas também no cenário de debates entre governo e oposição no país.
*Com informações do Metropóles
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