Pressionado pela comunidade internacional que aponta fraude eleitoral nas eleições da Venezuela, o governo de Nicolás Maduro decidiu diminuir a presença diplomática do Reino Unido, Holanda e França nas embaixadas localizadas no território venezuelano. A decisão foi divulgada nesta terça-feira (14/1), pelo chanceler Yván Gil Pinto.
Os governos dos três países não reconhecem a vitória de Maduro nas últimas eleições, e chegaram a criticar a repressão do regime chavista contra opositores na Venezuela na última semana.
Como resposta, a chancelaria venezuelana viu os posicionamentos como uma “intromissão nos assuntos internos” do país, e decidiu reduzir seu quadro diplomático para três funcionários nas embaixadas em Caracas. O restante dos funcionários devem deixar as representações em 48 horas.
Além disso, o governo Maduro exigirá uma autorização por escrito para que diplomatas possam viajar mais de 40 quilômetros da capital do país.
“O governo Bolivariano continuará a tomar as medidas necessárias, de acordo com o Direito Internacional, para garantir a sua estabilidade, soberania e o caminho para a paz e a prosperidade alcançada através dos seus próprios esforços”, disse um trecho do comunicado.
Chavismo sob pressão
- Desde as eleições presidenciais da Venezuela, realizadas em julho de 2024, o governo de Nicolás Maduro tem enfrentado pressões internacionais.
- A principal queixa diz respeito a não divulgação das atas eleitorais, que poderiam comprovar, ou não, a sua vitória no pleito.
- Apesar disso, o líder chavista assumiu seu terceiro mandato presidencial na última sexta-feira (14/1).
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