O perfil oficial do Partido dos Trabalhadores ironizou o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de 36 nomes acusados de um suposto envolvimento na trama golpista, após a conclusão do inquérito pela Polícia Federal nesta quinta-feira.
Em um post publicado minutos após a divulgação da informação sobre Bolsonaro, a conta escreveu “Grande dia”. A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, a deputada federal Erika Hilton (PSOL) e outros parlamentares de esquerda também se pronunciaram sobre o caso nas redes sociais.
Presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann afirmou que o indiciamento de Bolsonaro e “sua quadrilha” abre o caminho para que paguem na Justiça “pelos crimes que cometeram contra o Brasil e a democracia”.
“O indiciamento de Jair Bolsonaro e sua quadrilha, instalada no Planalto, abre o caminho para que todos venham a pagar na Justiça pelos crimes que cometeram contra o Brasil e a democracia: tentar fraudar eleições, assassinar autoridades e instalar uma ditadura. Prisão é o que merecem! Sem anistia”, escreveu a petista nesta quinta-feira.
Presidente da Embratur, Marcelo Freixo (PT) afirmou que a democracia brasileira “dá exemplo para o mundo” e que “golpismo se enfrenta com apuração séria e o rigor da lei”.
Entenda o indiciamento
A Polícia Federal indiciou Bolsonaro, os ex-ministros Braga Netto (Defesa e Casa Civil), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Paulo Sérgio Nogueira (Defesa) e mais 33 pessoas pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de direito e organização criminosa.
De acordo com a PF, foi identificada uma “organização criminosa que atuou de forma coordenada, em 2022, na tentativa de manutenção do então presidente da República no poder.”
O ex-diretor geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem, atualmente deputado federal, também foi indiciado. O relatório foi concluído e entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta tarde.
“As provas foram obtidas por meio de diversas diligências policiais realizadas ao longo de quase dois anos, com base em quebra de sigilos telemático, telefônico, bancário, fiscal, colaboração premiada, buscas e apreensões, entre outras medidas devidamente autorizadas pelo poder Judiciário”, disse a PF em nota.
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