O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu nesta segunda-feira, 18, o presidente da Argentina, Javier Milei, na cúpula do G20, no Rio. Foi a 1ª vez que ambos se cumprimentaram desde a eleição de Milei (La Libertad Avanza, direita). O país vizinho se opôs a diversos temas em discussão e, se não ceder, periga derrubar o documento, o que seria fracasso para o Brasil.
O cumprimento de recepção entre Lula e Milei foi frio e distante, assim como a foto oficial foi rápida e sem toques. Em outros casos antes do argentino, Lula conversava com o chefe de Estado, apertava as mãos e, em alguns casos, deu abraços. Um exemplo dessa recepção mais calorosa foi a dada a Joe Biden (Partido Democrata), presidente dos Estados Unidos.
Milei foi o penúltimo chefe de Estado a chegar no Museu de Arte Moderna do Rio, onde acontece a cúpula. Chegou depois de Biden e de Xi Jinping, presidente da China.
Embora o presidente argentino já indicasse discordâncias há algum tempo, a posição endureceu nas últimas semanas. Diplomatas brasileiros ressaltam que o movimento se deu depois da vitória de Donald Trump (Partido Republicano) para presidir os Estados Unidos a partir de 2025.
Ambos são aliados e se encontraram na semana passada na Cpac (Conferência Política da Ação Conservadora), que reúne líderes políticos da direita mundial. O evento foi realizado em Mar-a-Lago, resort de Trump na Flórida.
Os argentinos se opuseram à inclusão de menções à reforma de sistemas multilaterais globais, taxação de grandes fortunas, questões de gênero, desenvolvimento sustentável e meio ambiente na declaração final do G20.
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