O Parlamento Europeu reconheceu nesta quinta-feira, 19, a vitória de Edmundo González (Plataforma Unitária Democrática, centro-direita) na eleição presidencial da Venezuela. Ele foi o principal opositor ao presidente Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela, esquerda) no pleito de 28 de julho.
Em comunicado, o Legislativo da UE (União Europeia) afirmou que o bloco deve “fazer o máximo” para assegurar que González tome posse em 10 de janeiro de 2025.
O órgão também condenou “veementemente” o que descreve como “fraude eleitoral orquestrada pelo Conselho Eleitoral Nacional controlado pelo regime [de Maduro], que se recusou a tornar público o resultado oficial” ao não divulgar as atas eleitorais.
Os eurodeputados rejeitaram a ordem de prisão emitida contra González pela Justiça venezuelana em 2 de setembro. O opositor fugiu para a Espanha para escapar da decisão.
Na quarta-feira, 18, González disse, em publicação no X (ex-Twitter), ter sido chantageado e coagido a assinar um documento reconhecendo a vitória de Maduro para conseguir sair do país e se exilar no país europeu.
O Parlamento Europeu instou aos países do bloco a restabelecerem sanções contra os integrantes do Conselho Eleitoral da Venezuela. Também pediu a prorrogação dos bloqueios ao regime chavista e ampliação para aplicar sanções, por meio do Regime Global de Sanções da UE para os Direitos Humanos, contra Maduro e seu círculo próximo.
O Legislativo da UE se junta a outros países que reconheceram a vitória de González nas eleições presidenciais venezuelanas. Dentre eles estão Argentina, Uruguai, Costa Rica, Equador e Estados Unidos
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