Uma reportagem do site UOL publicada nesta quinta-feira, 19, mostra que o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (Psol), mantém 662 assessores em seu gabinete na capital do Pará.
Do mesmo partido de Guilherme Boulos, candidato à Prefeitura de São Paulo nas eleições deste ano, Edmilson é o único prefeito da sigla esquerdista com mandato em uma capital brasileira.
Dos 662 assessores do psolista em Belém, 92% deles, ou seja, 610 funcionários, são indicações políticas, pois não prestaram concurso público, informa o portal.
Prefeito aumentou gastos em mais de 470%
Opositores afirmam que o prefeito, que é candidato à reeleição, promoveu um aumento substancial nos gastos públicos decorrentes de inchaço na máquina pública.
Números comparativos mostram que o atual prefeito fez a administração municipal elevar em mais de 470% o valor com pagamento de verbas a assessores nomeados por indicação política.
Psol concentra 25% dos cargos, diz pesquisador
No mesmo período, só que em 2024, Edmilson Rodrigues fez a prefeitura desembolsar R$ 8,5 milhões, conforme os últimos dados disponíveis a que o UOL teve acesso.
De acordo com o doutor em ciências políticas Sérgio Praça, aproximadamente 25% dos funcionários comissionados no gabinete do prefeito são filiados ao Psol. Outras 24 pessoas foram indicadas pelo vice-prefeito Edilson Moura, que é do PT.
Uso eleitoral e partidário, afirma professor
Em entrevista ao UOL, o pesquisador, que também é professor adjunto da Fundação Getúlio Vargas, afirmou que esses dados sugerem o uso dos cargos para fins eleitorais e partidários.
“Nunca vi algo nessa proporção. O fato é que a esquerda é tão clientelista quanto partidos do centrão”.
O docente acrescentou que é um erro pensar que esse tipo de conduta, possivelmente irregular e ilegal, é restrita a parlamentares do chamado “baixo clero”.
postura do prefeito de Belém contrasta com o discurso da bancada do Psol no Congresso, onde representantes se dizem contrários ao inchaço da máquina pública.
Comentários