Nesta terça-feira (10/9), um homem que se intitula ex-integrante do Primeiro Comando Puro (PCC) fez graves acusações contra Deolane Bezerra. Conhecido como Frank, o rapaz expôs que a influenciadora teria uma suposta ligação com a facção criminosa de São Paulo. “Faz a lavagem da grana”, disse para o jornalista Felipeh Campos.
“Quando me perguntavam sobre a Deolane, eu nunca falava nada, porque pra mim, todo mundo já sabia, é uma coisa óbvia. A Deolane ficou famosa com o MC Kevin. Conheceu o Kevin na festa da Preta, que está presa. Para se entender a Deolane tem que entender o PCC”, declarou.
Frank completou: “O PCC usa vários eixos pra se beneficiar financeiramente, para lavar o dinheiro. Tanto com o estacionamento de carros, quanto com o hotel e influencer também. Porque antes desse negócio de rifa, sorteio, tigrinho, o PCC tinha um setor dentro da organização onde eles mandavam 10 números para cada integrante do PCC e os integrantes tinham que vender esses números. Cada um deles valiam prêmios, que na época eram fuzil, boca de fumo, um quilo de droga, um carro, uma casa”.
O homem seguiu dando detalhes de como o grupo criminoso atuava no crime. “Era isso que valia a rifa do comando e o PCC cortou isso daí e passou a investir nos influenciadores. Então sobre a Deolane, nunca vão conseguir colocar ela como integrante do PCC ou como a mulher do PCC. Não, ela é só a cara que faz a lavagem da grana, isso daí é nítido e provado, eu tenho como provar”, garantiu.
Por fim, Frank continuou citando Deolane Bezerra e negou que ela tinha estado na Maré para curtir um baile funk, quando a famosa apareceu com uma joia de TH, chefe do tráfico de uma região carioca. “Minha certeza é que ela lava dinheiro para o PCC e faz trabalhos para o PCC, como o de passar recados. Ela foi levar lá no Rio de Janeiro para o TCP um recado do PCC. Foi quando ela tirou a foto com o cordão [de um traficante]”, finalizou.
A Polícia Civil do Rio iniciou uma investigação relacionada a Deolane Bezerra, por uma suposta ligação dela com um dos chefes do tráfico do Complexo da Maré, na zona norte do Rio. A história começou a chamar atenção após ela usar um cordão que seria do Thiago da Silva Folly, enquanto participava do Baile da Disney, na Vila do João.
Em entrevista à CNN, Rodrigo Coelho, titular da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), contou que a apuração busca entender a relação de Deolane com as lideranças do tráfico local. “Queremos entender quem a convidou, se recebeu presença VIP e se pegou em armas”, afirmou.
“Depois de apurarmos isso é que vamos dar contornos jurídicos, que pode estar entre mera conivência criminosa ou pode implicar na imputação de alguma conduta ilícita”, completou o delegado. Além de Deolane, Dayanne Bezerra, sua irmã, também estava no local.
Após a repercussão, Deolane se pronunciou sobre a situação. “Fui no Complexo da Maré ontem, no Baile da Disney (…) fui bem recebida, não gastei um real, bebi que só o caralho, saí 10 horas da manhã, tirei foto com geral, com cordão, sem cordão. Botaram cordão em mim, tiraram e poucas… Eu sou isso, eu vim da favela e vou continuar indo”, declarou.
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