Um casal de empresários gaúchos teve seus planos de viajar para a Europa interrompidos de forma abrupta. No final de julho, ao tentarem embarcar no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, com destino ao Velho Continente, foram surpreendidos pela Polícia Federal (PF), que cumpriu um mandado de apreensão de seus passaportes. A medida, determinada pela Justiça Federal de Porto Alegre, tem como objetivo garantir o pagamento de uma dívida trabalhista superior a meio milhão de reais.
A origem do impasse remonta a 2005, quando uma ex-funcionária da clínica odontológica de propriedade do casal, localizada na capital gaúcha, ingressou com uma ação trabalhista, alegando vínculo empregatício e solicitando o pagamento de direitos trabalhistas não recebidos. Após anos de tramitação judicial, a Justiça reconheceu o vínculo empregatício e condenou os empresários ao pagamento de uma dívida que, com juros e correção monetária, ultrapassa atualmente os R$ 500 mil.
A defesa dos empresários tentou contestar a medida, alegando que a empresa já havia realizado o pagamento de parte da dívida e que estaria negociando uma forma de quitar o restante. No entanto, a Justiça entendeu que as medidas já adotadas não foram suficientes para garantir o pagamento integral da dívida e manteve a decisão de apreensão dos passaportes.
Nas redes sociais, a funcionaria que moveu a ação postou um vídeo celebrando a decisão de impedir que os empresários pegassem o voo.
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