A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) disse que é contra a penalização das mulheres que realizarem aborto após 22 semanas de gestação. Em um vídeo publicado em suas redes sociais, nessa segunda-feira (24/6), Michelle disse que é preciso penalizar aqueles que realizarem ou auxiliarem no procedimento. Na ocasião, ela falava sobre as mulheres vítimas de estupro que optam pela interrupção da gravidez.
A ex-primeira-dama também afirmou que irá propor sugestões no Projeto de Lei 1904/24, proposta que equipara a pena para aborto após 22 semanas de gestação à pena de homicídio simples, de autoria do deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).
Para Michelle, o PL precisa ser aprimorado “com o cuidado à observância de que a mãe, vítima de estupro, e o bebê não podem ser penalizados com as eventuais alterações da lei”. “Os legisladores devem encontrar formas de impedir o aborto, punindo o aborteiro, e sem penalizar a mulher que foi vítima de estupro e engravidou por causa dessa barbaridade”, diz.
Dentre alguns pontos citados por ela, está o aumento da pena para estupradores e também a sugestão da castração química. A ex-primeira-dama afirma ainda que a apresentação de boletins de ocorrência deveria voltar a ser obrigatório para a realização do aborto legal.
Michelle se define como “defensora da vida, desde a concepção” e afirma que “busca todas as alternativas que impeçam o aborto”.
“É preciso pensar nas mães violentadas por estupradores e nos bebês prestes a serem mortos. Ambos são vítimas”, diz.
“Por mais que seja difícil imaginarmos, consigo compreender o imenso sofrimento que se passa no coração de uma mulher violentada por um estuprador”, pontua.
Michelle ainda criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que, segundo ela, disse que a pessoa concebida por um estupro é um “monstro” . Ela ainda chamou o governo Lula de “abortista”. “Nesse doloroso impasse, ao contrário do que o atual presidente disse, o “monstro” nunca será o bebê resultante do estupro e nem a mãe violentada. O monstro Lula, é o estuprador”, disparou.
“A mulher, vítima de estupro, passa por uma experiência horrível e isso deve ser seriamente considerado, com empatia, quando se vai julgar quaisquer condutas de sua parte que são, na maioria das vezes, atos de desespero”, completou.
Informações de Estado de Minas
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