A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou, na manhã desta quarta-feira (17), que exames feitos no corpo do idoso Paulo Roberto Braga, de 68 anos, indicam que o homem já estava morto há pelo menos duas horas após a chegada do Serviço de Atendimento Móvel (SAMU) na agência bancária onde ele foi levado para sacar um empréstimo de R$ 17 mil.
Erika de Souza Vieira Nunes, 42, que seria prima e cuidadora do homem, foi presa por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio a cadáver nesta terça-feira (16). Um vídeo que mostra o momento em que a mulher tenta fazer o idoso assinar o empréstimo viralizou nas redes sociais.
A defesa da suspeita afirmou que Paulo teria passado mal e morrido após dar entrada no banco. Porém, para o delegado Fábio Luiz Souza, titular da 34ª DP (Bangu), essa versão não procede.
“Foram encontrados livores cadavéricos no corpo dele. Livores cadavéricos você só encontra depois de algumas horas de morto, então isso indica que a morte não foi naquele momento. Pra formar um livor cadavérico é necessário pelo menos duas horas após o óbito”, explicou.
Ainda conforme o delegado, a mulher teria ido com o idoso até o banco usando um carro de aplicativo, e a Polícia Civil tenta identificar o motorista para que ele possa prestar depoimento.
Em depoimento, Érika alegou que o empréstimo foi feito no dia 25 de março, o que foi confirmado pelos investigadores, e que ela teria ido ao local com o primo para sacar o dinheiro a pedido dele. “Só que os funcionários do banco inicialmente pensaram que ele estava doente, porque ele não reagia, e aí chamaram o SAMU, quando constataram que ele já estava na verdade em óbito”, relata o delegado.
Os agentes ainda aguardam o resultado do exame do Instituto Médico Legal (IML) para confirmar a causa da morte de Paulo. A Polícia deve ouvir ainda, nos próximos dias, testemunhas e familiares do homem. Segundo o delegado, nenhum outro parente próximo a Paulo foi localizado no estado do Rio.
A princípio, Erika deve responder por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio à cadáver. “Se ficar constatado que a causa da morte não foi natural, aí será aberto uma investigação de homicídio”.
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